sábado, 27 de fevereiro de 2010

Eu não sei na verdade quem eu sou,
Já tentei calcular o meu valor,
Mais sempre encontro sorriso e o meu paraiso é onde estou...
por que a gente é desse jeito
Criando conceito pra tudo que restou?

Meninas são bruxas e fadas,
Palhaçoes é um homem todo pintado de piadas!
Céu azul é o telhado do mundo inteiro,
Sonho é uma coisa que fica dentro do meu travesseiro!

Mais eu não sei na verdade quem eu sou!
Já tentei calcular o meu valor
Mais sempre encontro o sorriso e o meu paraiso é onde eu estou...
Eu não sei na verdade quem eu sou!

Perceber da onde veio a vida,
Por onde entrei deve haver uma saida,
Mais tudo fica sustentando pela fé!
Na verdade ninguém sabe o que é!

Velhinhos sáo crianças nascidas faz tempo!
com água e farinha eu colo figurinha e foto em documento!
Escola é aonde a gente aprende palavão...
tambos no meu peito faz o batuque do meu coração!

Mas eu náo sei na verdade quem eu sou
Já tentei calcular o meu valor,
Mas sempre encontro o sorriso e o meu paraiso é onde estou
Eu náo sei na verdade quem eu sou!

Descobri que a cada minuto
Tem um olho chorando de alegria e outro chorando de luto
Tem louco pulando o muro, tem corpo pegando doença
Tem fente rezando no escuro, tem gente sentindo ausência!

Meninas sáo bruxas e fadas,
Palhaço é um homem todo pintado de piadas!
Céu azul é o telhado do mundo inteiro,
Sonho é uma coisa que fica dentro do meu travesseiro!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Amor???

Falamos em fazer amor, mas amor se faz? Amor sufoca, amor desatina, amor é martelo, sino retinindo, marcação constante que não dá brecha para contra-ataque, carrapato chupando sangue da pele. Amor-obsessão, amor torneira pingando: até quando, até quando, até quando? Amar é amargo, e promessas amorosas são voláteis. Amor maldito que invade pensamentos, amor que nos carcome paulatinamente, câncer faminto, "ácido de um sim negativo", vida que brota destruindo. Mas amar não é negar o medo, a razão, o tempo? Amar é afirmação nascida de negativas, e não amar é sofrer mais. Você me falava no amor livre e descompromissado dos hippies, mas a liberdade não estava na prisão dos teus braços? Bah, liberdade sem limites acaba em anarquia, niilismo estéril, suruba sem tesão. Amor é como uma fotografia que fixa limites para superá-los. Amor é renúncia a muitas coisas, mas também a maior transcendência que podemos almejar neste mundo. Amar é tornar dois um: mãe com seu filho no ventre. Amor é parto, é dor; e nascemos chorando.
( Alexandre Inagaki )

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Você mata para comer?



Você come carne? Se você respondeu "sim", então, come animais mortos. Não é agradável pensar assim. Afinal, quase todo mundo gosta de animais. Talvez você até tenha gato ou cachorro. Mas, quando se atraca com uma feijoada, não se lembra do porco, que pode ser tão inteligente quanto cães. Afastamos de nossos olhos a morte do que comemos. Você já esteve num matadouro? Qual foi a última vez em que viu uma galinha viva se transformar numa refeição? O que comemos costuma chegar à geladeira dentro de sacos plásticos. Fica fácil não pensar na vida que a sua comida levou. Você já tem tanta coisa para se preocupar, não é mesmo? Há uma turma, porém, que discorda. É uma pequena minoria, quase insignificante no Brasil, mas que tem um bom argumento. Se é imoral ou inaceitável matar e comer o seu melhor amigo canino, por que ser indiferente ao sofrimento e à morte da vaca e do frango? O movimento vegetariano usa a informação sobre o que decidimos ignorar para chocar e convencer. Há poucos dias recebi um e-mail do movimento No More Meat (chega de carne) com imagens de abatedouros ensanguentados, porcos num chiqueiro apertado, galinhas amontoadas, coisas assim. Era chocante, mas insuficiente para me convencer a virar vegetariano. Concordo que os animais têm de ser criados e mortos da maneira mais humanitária possível. Mas não creio, como dizem os vegetarianos, que devamos estender aos animais os mesmos direitos que temos. Os animais podem ter algum tipo de sentimento e de inteligência, mas não têm valores morais, vivem apenas segundo seus instintos. Alguns direitos, que são uma invenção moral, são restritos aos seres humanos que os inventaram. Sim, isso significa considerar o Homo sapiens superior aos demais animais. Há quem iguale essa minha opinião a um tipo de racismo, seria o "racismo" da espécie humana contra as demais. Posso viver com tal acusação. Solidariedade sinto pelos que realmente me são iguais. Isso não quer dizer que não devamos melhorar os métodos de criação e abate de animais. Por razões econômicas (carne é cara e ficará cada vez mais), ambientais (consome muita água e energia) e de saúde (entope os seus vasos), todos deveríamos ser menos carnívoros. "Picanha só uma vez por semana" é o meu lema.
Você mata para comer?
(Fábio Santos*Diretor editorial (fsantos@destakjornal.com.br))








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